Os Primeiros Carros da República

domingo, 15 de novembro de 2009

Top 10: os primeiros carros da República


13/11/2009 - Fernando Pedroso
Fonte: iCarros



No domingo, 15 de novembro, serão comemorados os 120 anos da Proclamação da República. Foi no mesmo dia, em 1889, que Marechal Deodoro da Fonseca aplicou um golpe de estado e tirou o império de D. Pedro II. Depois disso, veio o governo provisório da República Velha, a Era Vargas e, finalmente, a República Nova. O ano de 1956 ficou marcado pela posse do presidente Juscelino Kubitscheck e pelo início da indústria automotiva do Brasil.

E, como quase tudo no Brasil começa em polêmica, a história do carro nacional não poderia ser diferente. E a disputa começou pelo título de primeiro modelo brasileiro: Romi Isetta ou DKW Vemaguete? A resposta poderia ser simples, já que o pequeno chegou em 5 de setembro de 1956 e a perua dois meses depois. O debate está justamente em considerar o Romi Isetta um carro, ou não, uma vez que tem apenas uma porta. Para não dar mais pano para manga, vamos incluir o compacto na lista dos dez primeiros automóveis que inauguraram a indústria automotiva nacional.



1956 – Romi Isetta

Digamos que o Romi Isetta foi o primeiro carro brasileiro. Ele era fabricado em Santa Bárbara do Oeste, interior de São Paulo. Com apenas uma porta, na frente do veículo, que se abria levando a coluna de direção, o carrinho teve sua linha de produção transferida para o Brasil depois que sua fabricação foi encerrada na Itália nas mãos da Iso-Automoveicoli. Depois disso, a BMW assumiu a marca e a mantém até hoje. Vira e mexe temos a especulação sobre a volta da Romi-Isetta.




1956 – DKW Vemaguete

O então presidente Juscelino Kubitscheck inaugurou em São Paulo a fábrica da DKW, sigla para Das kleine Wunder (a pequena maravilha) que, em parceria com a Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S/A), começou a fabricar no Brasil a perua Vemaguete. Ela vinha com motor de dois tempos, três cilindros de 900 cm³ e 38 cv de potência. A perua ainda teve as versões simplificadas Pracinha e Caiçara.





1957 – Volkswagen Kombi

Embora já fosse montada em regime de CKD junto ao Fusca, a Kombi inaugurou a fábrica de São Bernardo do Campo da Volkswagen do Brasil em 1957. A ‘Velha Senhora’ deu tão certo no mercado brasileiro, que existe até hoje, já com motor refrigerado a água de 1,4 litro flex. No espírito, porém, pouca coisa mudou, caso do propulsor traseiro, da capacidade para até nove pessoas ou uma tonelada de carga e do formato que ganhou o apelido de ‘Pão de Forma’.





1957 – Ford F100

Aproveitando a mecânica e a cabine do caminhão F600, que já era montado da fábrica da Ford no bairro do Ipiranga, em São Paulo, o Ford F100 foi o primeiro carro Ford feito no Brasil. O propulsor era um V8 de 4,5 litros que rendia 167 cv de potência. A picape, que chegou a ter até versão de cabine dupla – sendo a porta traseira apenas no lado direito e com abertura contrária -, deu lugar para a F1000 em 1979.






1957 – Jeep Willys

Você já deve tê-lo visto várias vezes, principalmente em trilhas. O velho Jeep ainda sobrevive aos montes e carrega uma legião de fãs. Ele foi o primeiro veículo da Willys-Overland a ser nacionalizado com motores de quatro e seis cilindros. Em 1968, quando a fabricante mudou de mãos, o modelo continuou a ser produzido como Jeep Ford até 1983.




1958 – Chevrolet ‘Brasil’ 3100

É o típico caso de veículo que ficou conhecido mais pelo apelido que pelo nome verdadeiro. E foi por Chevrolet Brasil que a caminhonete 3100 sempre foi chamada por aqui, graças ao mapa do nosso País emoldurado pela gravata da marca norte americana. Ela veio para ser a grande rival da Ford F100 e contra-atacava com um motor de seis cilindros em linha de 142 cv. Deixou o mercado em 1964 com a chegada da C-14.





1958 – Rural Willys

Alguns o chamam de ‘o primeira SUV nacional’, mas trata-se de uma configuração de luxo do Jeep. A Rural foi vendida em versões para passageiro e picape com praticamente a mesma mecânica do ‘primo’. Também continuou em linha nas mãos da Ford até 1983. Sob o domínio da fabricante norteamericana, a versão de carga passou a ser chamada de F75.





1959 – Volkswagen Fusca

A história do Fusca deveria ser contada à parte, mas resumidamente, foi um dos carros mais importantes do Brasil. Assim como a Kombi, foi montado em CKD no início dos anos 50 e virou nacional em 1959. Até 1986, quando saiu de linha na primeira vez, povoou muitas garagens e foi o carro mais vendido no País até a marca ser batida pelo Gol, também da Volkswagen. O besouro ainda teve uma sobrevida em 1993, em um projeto do então presidente Itamar Franco, mas saiu de linha definitivamente três anos depois.




1959 – Simca Chambord

‘Meu pai comprou um carro e ele se chama Simca Chambord’, cantava Marcelo Nova, vocalista da banda Camisa de Vênus. Ele falava do primeiro carro nacional de luxo, que logo ganhou o apelido de Maestro (um conserto em cada esquina). Sua fragilidade mecânica era combinada com a falta de potência do V8 de 2,3 litros e 84 cv. Saiu de linha em 1967 depois que a Simca foi comprada pela Chrysler.





1960 – Aero Willys


Na sequência do Simca Chambord, chegou seu maior concorrente na época, o Aero Willys. O motor era o mesmo seis cilindros do Jeep com 2,6 litros e 90 cv. Um novo coletor de admissão elevou a potência a 110 cv quatro anos depois. Ao longo dos anos, o carro teve algumas versões de luxo e outras motorizações, mas foi deixado de lado em 1971 quando a Ford, nova dona da Willys, investiu na chegada do Galaxie.



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